sexta-feira, 15 de maio de 2009

Influência da Música no Pensamento

A música como uma forma cultural, pode ser examinada quanto a significações codificadas e decifradas por produtores e públicos diferentes. Especificamente, os produtores da música funcionam dentro do contexto de certas condições políticas, sociais e económicas e com determinadas intenções. Podem perpetuar uma ideologia pelo exercício da hegemonia ideológica ou exprimir a resistência.
Por outro lado, a música é usada por pessoas em posições estruturalmente subordinadas para criticar os problemas sociais, expressar o seu descontentamento com o estado da sociedade e resistência à hegemonia e a ordem que os governa.
Podemos argumentar que a música sempre foi um canal para expressar ideias que opõem e inflamam poderes hegemónicos.
Não devemos censurar a música somente por causa de mensagens violentas, vulgares e abusivas que ela promove ao mundo. Como filmes e televisão, a música também é vista como influência no comportamento do seu público, em particular os adolescentes. Isto é claramente verdadeiro, dado que os públicos da música se dividem em “Tribos" (criando diferentes sub-culturas), onde o seu cabelo é cultivado mais longo, a roupa fica menos convencional e o uso de drogas se torna a actividade central. Por isso, uma profecia de Auto-realização é criada.
Muitas Teorias tentavam explicar o que a música de influência tem sobre os adolescentes, como a da Escola de Frankfurt. A Escola de Frankfurt visionou os meios de comunicação como uma seringa hipodérmica, argumentando que os conteúdos dos meios de comunicação foram injectados nos pensamentos do público, que aceitou as atitudes, opiniões e crenças expressas pelo meio sem questão.
Muitos artistas e adolescentes negam que a música violenta os influenciem. Os comentaristas no furor actual por cima da música Rap devem lembrar que já ouvimos estes argumentos nos anos 50, quando Elvis e Jerry Lee Lewis horrorizavam políticos e pais por causa das letras que contiveram referências de violência, drogas e sexualidade.
Pode-se argumentar que a estratégia de marketing de companhias de música modifica a maneira de como a música se espalha.
Para gerar mais vendas e lucro, as agências de música fazem ampla promoção. Os cartazes, vídeos e anúncios de cantores podem ser vistos em todo lugar para persuadir o seu público a comprar os produtos.
Certas medidas foram tomadas para tornar os pais mais conscientes sobre o tipo da música que os seus filhos ouvem. Uma estratégia nos Estados Unidos e na Europa foi o “Adesivo Consultivo” que foi obrigado a ser usado nas capas de gravações que usam palavrões e/ou conteúdo adulto. Inicialmente, este adesivo foi destinado para indicar que alguém menor que 18 anos não poderia comprar o disco.
Só não foi argumentado que, a música Rap e Hip-Hop têm influência sobre os adolescentes, mas a música Metal também enfrentou a censura, especialmente por causa das suas alusões a sexo, drogas, e bebidas alcoólicas, sem falar das suas letras indecifráveis.
O Rock & Roll foi basicamente visto como uma forma de música rebelde desde a sua existência. Por causa das implicações e significados ocultos associados com a música Rock, algumas crenças antiquadas continuam causando uma discrepância entre a população da época.
Muitos músicos participaram na luta contra a censura. Eles acreditam que a censura viola a “Liberdade de Expressão”.
Um artista de música Rock como Marilyn Manson um dos artistas mais controversos no mundo de hoje decidiu provocar e se expressar de forma extrema. Foi argumentado que Manson é protegido pela lei que garante a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, e a liberdade da associação (assembleia). A lei também protege os direitos do cidadão a crer no que quiser, e o direito de não ser obrigado a crer numa religião que não seja a sua. O Manson explora esta liberdade ao máximo, conseguindo transmitir a sua mensagem através de qualquer meio possível, principalmente à geração mais jovem.
Contudo, os artistas e os produtores defendem suas letras e músicas, e exigem que esses actos venham puramente de auto-inspiração, e não influência extrínseca como a sua música.
Após de mais de mil estudos, realmente não fizemos muito progresso e muitas perguntas permanecem:
Algumas pessoas são menos capazes de distinguir-se entre letras artificiais e verdadeiras?
Alguma censura é justificada para proteger adolescentes?
Por mais que procuremos encontrar as respostas das perguntas sobre os efeitos da violência nos meios de comunicação, mais perguntas parecem ser criadas.

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